Vai dizer que a foto acima não mexe com você? Qual sua reação ou o que você pensa ao ver uma foto como esta espalhada por sites ou pelas redes sociais?
Um novo formato de divulgar a adoção e a doação de animais tem chamado a atenção na internet. Aqui no Coletivo Verde já vimos a coluna da Andréia Ninnica, que a cada semana trazia um animal carente de afeto e de um lar. Mas, também tem chamado muito a atenção a divulgação de fotos e mensagens sobre animais disponíveis para a adoção nas redes sociais, principalmente no Facebook.
Através das redes sociais estas ações acabam tomando grandes proporções por meio da divulgação de feiras de adoção, ações de organizações não governamentais, ações individuais, ações de grupos solidários. Estas ações acabam por mobilizar pessoas e assim chamar a atenção de uma forma peculiar para um único apelo: encontrar um lar para os animais abandonados, situação da qual já falamos aqui no Coletivo Verde.
As adoções pela internet funcionam?
A fim de saber se estas divulgações em redes sociais realmente surtem efeito, conversamos com algumas pessoas envolvidas com o assunto que deram seu depoimento para o Coletivo Verde.
A Tatiana Peixoto, 34 anos, é representante comercial, dedica parte de seu tempo ao projeto O Lobo Alfa e nos contou um pouco da sua história com a Nina, sua vira-lata que foi adotada depois de um primeiro contato via internet.
Como começou seu envolvimento com animais abandonados/para adoção?
Tatiana: Começou quando minha cadela companheira cocker bonny de 12 anos faleceu próximo ao falecimento do meu irmão que eu amava e me senti totalmente sozinha, mesmo estando rodeada de amigos.Após três meses senti a necessidade de EU ser adotada por um olhar que me chamasse atenção e então fui em algumas feirinhas de adoção, mas nenhuma me encantou.
Parti para a internet e lá se foram dias e dias procurando o ‘olhar’ e acabei encontrando o site que lá estava o que eu mais procurava, a “Pretinha” com um histórico muito triste, pois havia sido encontrada atropelada com a bacia quebrada, sarna e tomada por parasitas. Conversei com a Veterinária Renata Porto que cuidou muito bem dela e desde então a Pretinha ganhou um novo lar e hoje se chama Nina. Estou com ela desde maio de 2010.
Existe algum caso ou experiência específica que você acha pertinente compartilhar conosco?
Tatiana: Existe. Foi exatamente com a minha cocker Bonny. Ela teve uma doença degenerativa que consumiu toda a massa muscular, queda de pelos e aumento de boa parte de todos os seu órgãos. Eu não tive outra saída e não pude alimentar o meu egoísmo, pois era o sofrimento dela que estava em jogo e infelizmente tive que leva-la para a eutanásia.
Acompanhei todo o procedimento e quando aplicaram a injeção ela levantou a cabeça lambendo o meu rosto mostrando o seu agradecimento. Sempre que lembro disso fico emocionada e no momento não poderia ser diferente. O tempo passa, mas a dor continua.
Existe um lado bom e um lado ruim de adotar animais através da internet? Se sim, poderia citá-los?
Tatiana: Não existe lado ruim, pois todos os animais antes de serem doados passam por veterinário para serem medicados ou tratados, vacinados, vermifugados e castrados. A nossa intenção é divulgar incansavelmente os centros de castração gratuita para que possamos diminuir a super população de animais em nossa cidade.
Centros de castração gratuita:
- São Paulo
- Rio de Janeiro
- Belo Horizonte
- Demais localidades
Qual a mensagem você deixaria para as pessoas que lêem sua entrevista?
Tatiana: A mensagem que eu deixo para todos é que cuidem dos seus bichinhos de estimação levando-os periodicamente ao veterinário, castrem, vacinem, vermifuguem, coloquem placa de identificação (seu nome, endereço e telefone) pois, o número de animais perdidos está aumentando. Não comprem animais no em mercados. Deixe-se ser adotado por um peludo para deixar sua vida mais feliz!
Entrevista com Maria Thereza ativista do Projeto Superação
Já a Maria Thereza Hermeto, 35 anos, é Educadora Física e se dedica ao Projeto Superação . Ela conta como começou seu envolvimento com os animais de ruas: “Sempre encontrei animais abandonados. tentava alimentá-los e continuava meu caminho, em prantos.
Em 2009, tentei colocar uma animal abandonado na minha rua para dentro da minha casa e ele tentava sair. Até que um dia foi atropelado, porque morava na rua. Paguei a cirurgia com meu fundo de garantia e arrecadei todo o valor de doações de vizinhos. E adotei!!! E foi apenas o primeiro (amarelo). Vieram o Pito, Joaquim, Sophia, Bazinga (já virou estrela)… não havia mais espaço para adoções minhas, mas a vontade de ajudar continuava… me reuni com um grupo de protetoras e comecei a resgatar e doar os animais que encontro.”
São histórias bonitas, as quais esperamos que possam inspirar muita gente por aí a parar e pensar antes de comprar um animal em feiras sem procedência. Afinal, amigo não se compra, se acolhe!
E ainda cabe um depoimento pessoal sobre os casos de adoções promovidas através do Facebook.
Há cerca de três meses, encontrei filhotes de gato abandonados na rua, dentro de uma caixa de sapato, debaixo do sol forte. Não titubeei e os trouxe para casa, mesmo sabendo que não poderia ficar com eles. Tirei algumas fotos e postei no Facebook e dois de 2 dias, os filhotinhos ganharam um novo lar onde estão sendo muito bem cuidados.
Projetos que valem a pena:
- ONG Cão Viver
- Grupo de Protetores Super Ação Animal
- Projeto O Lobo Alfa
- Divulgadores SOS Bichos
- Protetora de Gatos Cláudia Matta
- Protetora Ana Paula
- Programa da Prefeitura de BH
- Pets Online
Fotos: @Fotopets e Acervo pessoal